Tuesday, August 15, 2006

Breve análise da conjuntura política na Unisinos



Qual o quadro político da unisinos?

Qual a conjuntura do ME? Os DA’s? A oposição? Os partidos políticos?

E os padres? O que estão esperando? O que estão tramando? O que estão fazendo? Qual a disposição interna das peças?

Como está a relação da universidade com as empresas e com os governos?

Hoje temos um quadro ainda não muito nítido. Pela ausência de pesquisas eleitorais ou de opinião o que temos são apenas impressões. Neste caso basicamente as minhas. Não descarto o acúmulo produzido por demais conversas com outros militantes. Algumas perguntas ainda procuram respostas!

Nós

Percebo um quadro de instabilidade. Tivemos grande força ao superar momentos de grande racha interno e agora estamos nos fortalecendo. Algumas pessoas, de alguns DA’s estão puxando o processo de construção coletiva.
De um modo geral eles – os DA’s - estão cuidando cada um de suas coisas, como normalmente. De suas coisas bem locais. Ou ainda de suas vidas, no que tange aos indivíduos. O coletivo maior é relegado a 2º plano.
Esta é a “estatística” de pessoas/DA’s que estão trabalhando em um processo mais amplo:
Serviço Social: 2
Eng. De alimentos: 1
Matemática: 1
Publicidade e Propaganda: 1
Geologia: 1
História: 1
Pós-graduação: 1
Acredito que tenha sido generoso nos números. Este coletivo acrescido de estudantes independentes e mais alguns membros da gestão atual são a força de que dispomos.
Temos bom acumulo político. Temos uma boa maturidade, apesar dos diversos equívocos cometidos ao longo desta gestão que está se encerrando.
Acredito que a maior vitória que temos é no acúmulo político que o coletivo teve. Temos um norte político enquanto coletivo. Conseguimos fazer a distinção entre os interesses dos estudantes em sentindo amplo e, os interesses de um segmento de estudantes que buscam mudar o mundo e que travam uma cooperação com determinados movimentos sociais, que são eleitos a partir de uma escolha criteriosa.

O FUTURO

Em caso de vitórias eleitorais no DCE e no CAED teremos uma conjuntura esperada a um bom tempo e que daí sim, teremos na Unisinos uma prova de que a faze de refluxo da esquerda está acabando que uma nova onda está se formando.
Apesar do caos considero o grupo bem estruturado, amparado em sólidas referências e isso possibilita o pensar, para construir mais elementos e continuar elevando os debates e as práticas.

A oposição

Não temos uma oposição formalizada e declarada. O nosso coletivo é que é oposição ao CAED. Eles tratam de se defender e mesmo o DCE sendo uma vitrine muito maior, o CAED não conseguiu sair da retaguarda.
O que podemos ter é uma oposição de eleição. Rumores de que a juventude do PDT de Poá estaria disposta a concorrer ao DCE numa aliança com a UJS. È uma possibilidade. Estamos começando a meter o bedelho nos negócios deles lá na PUC e por causa disso, como bons políticos vão tentar nos barrar agora.
Se perderem terão muitos problemas. Para nós, a derrota, seria um retrocesso inestimável e que não sei se verei recuperar enquanto estou na faculdade. Está é uma possibilidade. Por outro lado, esta derrota eleitoral, poderia nos libertar para fazer um movimento autônomo e que permita maior maleabilidade e rapidez.

A política da Unisinos

Desconheço a conjuntura interna na Unisinos. O GAE está solidificado. Pelo menos até segunda ordem. Precisamos aguardar os efeitos do último jornal. Acho que ali temos um bom termômetro de como andam as coisas na Unisinos. Temos uma capacidade sólida de fazer com que eles tomem posturas e se mexam por causa de nossos movimentos. È um grande jogo. Os movimentos são lentos. Não temos conseguido fazer com que eles se movam na direção em que estamos apontando. O marketing é outro setor de expressão da universidade. São neles, NOS ESPAÇOS DE EXPRESSÃO ONDE A UNIVERSIDADE DEMONSTRA A SUA CONJUTURA INTERNA E OS SEUS RUMOS.
Acredito que o processo de hegemonização de poder dentro da universidade continua. Ela continua cega e surda as nossas palavras. Seria importante investigar determinadas pessoas do núcleo de poder da universidade.
As demissões continuam. As terceirizações continuam. A austeridade continua.
O que parece é que apenas o mercado tem a capacidade de mudar os rumos da universidade.
Ou mexemos o mercado, ou os iludimos de que determinadas mudanças estão ocorrendo.

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