Saturday, December 30, 2006

Amante da Liberdade ... nao vem que casar já era !!


Porto Alegre, 30 de dezembro de 2006!

Aqui estou mais um dia, sobre o olhar amável da euforia !! (te lembra alguma coisa??).
Acordei as 12:09, depois de muitas horas de sono. Tinha bebido um pouco no dia anterior e fumado um baseado. Nada demais, apenas o suficiente para dormir tranquilo. Não que precise disso para dormir tranquilo.
Acordei e troquei uma idéia com meus amigos. Um brasuca, colega de faculdade. O outro, argentino, amigo das idas e vindas pelo mundo. Tentamos mater o foco na viagem, mas o pensamento de Auster Crowly vem muito em nossa ação. Fazes o que queres pois é tudo da lei. Isso me lembra bastante a frase do meu kin Terra Galatica Vermelha: "Faço aquilo que me dá alegria a fim de poder evoluir!".
Conversamos sobre a viagem, sobre as possíveis rotas e alternativas e sobre o projeto. Conversamos também sobre a possibilidade de irmos a uma formatura de psicologia na cidade de Assis em SP. Aí é que entra Crowly mais do que nunca. Bueno. Tudo isso regado a alguns cigarros e chimarrão.
Saindo de casa lá pelas 14:40 (tinha que ter saído as 14) fui direto ao caixa eletrônico pegar algunas platas e comprar um analgésico e antiflamatório. Às 15:00 fui fazer uma tatoo. Consideravelmente grande. Eu já tinha feito o contorno. Faltava pintá-la. Foi o que fiz. Quatro drágeas, um cigarro, dois chicles, uma leitura existêncialista e um pouco de música e claro um bate papo com o tatuador foram o suficiente para suportar a dor artística da tatoo. Valeu a pena, ficou boa. E de quebra ainda surgiu a oportunidade de vender o meu ACWorks Superbass 200 ...

Então aqui estou, escrevendo este breve relato do dia de hoje até o presente momento. As demandas que ainda tenho são o que me preocupam, assim como a habilidade de escrever, que tenho que aprender e que de aprecio. O problema para dominar essa técnica está na disciplina. Passando esse "leve" detalhe, tudo se resolve. Bons pensamentos eu canalizo.

Estou inclusive lendo um livro de alguém que para mim é um excelente escritor, Máximo Gorki. O nome do livro: "Como aprendi a escrever"! ... Sugestivo, né?

Bom ... vamos as demandas inevitáveis e libertadoras. Resolver a burocracia do sinistro, deixe-me pegar no bolso a lista. Um instante ....................................................................................................................................................................................

Na mão, vamos a elas: 1. comprar pochete (indispensável para as coisas indispensáveis), 2 bermuda de banho (praia, bermuda, capit!), 3. diário (para ter a disciplina que preciso), 4. caderno de bordo (já viu nave sem computador de bordo?), 4. comprar CD´s (toda a viagem tem trilha sonora), 5. seperar o livros inseparáveis, 6. escolher as músicas (é um ato de injustiça isso).
Ahh, claro ...comprar óculos escuros e bloqueador solar fator 50 pra tatoo.

Bom ...se eu cumprir isso hoje ...está tudo nos trinques. Adios e gracias pela atención.

Ahh ..quase ia me esquecendo da arte ...imprimir a arte !!!

Tatoo é a imagem !!

Friday, December 01, 2006

Bueno ... Benditos Rebeldes agora !!!


Eis agora a nossa missão. Conseguir mudar este paradigma na prática. Viva a rebeldia, a revolução.

Que os miseráveis capitalistas levem todo o seu ouro para o inferno com eles. Que o ouro pese tanto que seu único rumo seja para baixo.

Esse é o sistema e estamos armando o nosso esquema. Não se preocupem, temos compaixão. Como falamos antes, somos um processo natural de evolução, transformação. De Revolução.

O Grande Espírito nos acompanha. Voltamos, exatamente como os índios disseram quando estavam sendo exterminados e nós cumpriremos a profecia. Dançaremos, por que sabemos que a "água" que levará os brancos está vindo !!!

Todos os índios devem dançar, toda a parte, ficar dançando. Daqui a pouco, na próxima primavera, o Grande espírito virá. Trará de volta toda a caça, de todas as formas. Haverá muita caça em toda a parte. Todos os índios mortos voltarão e viverão de novo. Serão todos fortes como jovens, serão jovens outra vez. O velho índio cego verá novamente e será jovem, terá uma vida boa. Quando o Grande espírito vier desta forma, todos os índios irão para as montanhas, bem mais alto que os brancos. Os brancos não poderão ferir os índios, então. Enquanto os índios estiverem no alto, virá uma grande enchente, uma água, e todos os brancos morrerão, afogando-se. Depois disso, a água irá embora e só haverá índios por toda a parte e caça de todo o jeito. Então, o feiticeiro diz aos índios para espalharem por todos os índios que eles devem continuar dançando e o bom tempo virá. Os índios que não dançam, que não acreditam nesta palavra, crescerão pouco, só uns trinta centímetros de altura, e ficarão assim. Alguns deles virarão madeira e serão queimados no fogo.

WOVOKA, O MESSIAS PAUITE
Depois de muita reflexão, chegamos a uma conclusão. Estamos aqui trabalhando com uma perspectiva de quem nos vê, ou seja, de nossos inimigos. Os senhores do sistema capitalista e do moralismo fajuto e dominador.
A primeira perspectiva deles é que somos malditos. Somos um problema. A eterna pulga atrás da orelha. Eles tem controle sobre a situação. Mas perdem noites de sono com terríveis pesadelos pensando que como tudo na natureza, uma hora vão perder. E nós, ahh sim, nós vamos vencer!! Na realidade já estamos vencendo, eles é que não perceberam.
Bom esse é o primeiro aspecto. O segundo é que eles nos chamam de rebeldes. Rebeldes por que contrariamos a ordem. Não respeitamos as leis criadas por eles. Só gostariamos de fazer um parêntese: ( é que nascemos assim, somos parte da evolução da natureza). Desde o primeiro cigarro fumado escondido, o primeiro baseado aos 14 anos. Enfim a começar pelos psicoativos. Os desreipeitos no trânsito. A não obdiência a patrões, a professores. Só obedecemos aquilo que sentimos no coração que devemos fazer. Nossa alma e consciência não estão a venda. De acordo. Este aspecto é o que estamos de acordo. Somos rebeldes a partir da perspectiva deles. Um pouco da nossa também, por que fomos criado no meio destes valores dominantes. Para concluir o papo sobre este aspecto deixo a porta aberta para revisarmos o conceito de rebelde.

O que nos traz aqui é que chegamos a conclusão de que malditos nós não somos. Não iremos mais adotar a perspectivas dos que não sabem viver, vêr, respirar e comer. Não iremos mais adotar essa expressão. Depois de longas horas de discussão isso foi deliberado pelo coletivo e viemos aqui informar aos nossos leitores. Não, não ... simplesmente dus nossos. compreendem certo !!! Entendemos que a mudança é pertinente, natural e inevitável. Assim como nós iremos acabar com os capitalistas, acabamos com a expressão "malditos" do nosso querido blog.

Agora seremos benditos. Não rebeldes benditos. Mas Benditos Rebeldes !!!

Felizmente vocês existem. Em todos os cantos e recantos deste planetinha.

Monday, September 04, 2006

O que é a justiça?


Eis uma pergunta que atormenta a todos. Quantos filósofos já debateram e pensaram sobre isso? Socrátes, Platão, Aristóteles. Muitos revolucionários. Muitas pessoas.
É comum ouvirmos a expressão "isso não é justo", ou ao contrário.
Bom onde está a justiça? O que ela é? Como está a justiça?
Alguns falam que asssim como as cores não podem ser definidas a justiça também não. Podemos aprender a justiça por meio de exemplos. Assim como as cores. Alguém disse para você quando era pequeno "o céu é azul". Então agora você sabe o que é a cor azul.
Alguns já tentaram definr o que é a justiça. Eu particularmente deixo essa pergunta permanentemente em minha memória. Me intriga esta questão. E por um motivo simples. Platão mencionou que a justiça é a maior das virtudes. Me pergunto se realmente é. Aristóteles seu pupílo acha que a maior de todas é a coragem. Então, é preciso ser justo para ter coragem ou ter coragem para ser justo? Acredito que é uma pergunta que encotraria exemplos para ambos os lados.
Mas está é uma das minhas buscas. Poder controlar a minha mente. E esse controle passa por integrar atos cotidianos ligados a práticas virtuosas, como a justa e a corajosa.
Mas voltando a pergunta inicial e do título. O que é justiça?
Uma boa maneira seria ver com os exemplos. Já mencionamos isso. Vamos a alguns conceitos. Vejamos.
Justiça é aquilo que trata com igualdade (se preferirem tratam os desiguais desigualmente). Mas qual seria a medida certa. Justiça nos leva a essas palavras, medida e igualdade. Elas possuem uma relação muito estreita.
Justiça poderia ser o caminho do meio. Por exemplo entre a covardia e a temeridade temos a coragem. Essa seria a escolha justa. Ou seria a mais correta. A também uma forte relação entre a palavra correta e justiça.
Assim já temos 3 palavras ligadas a justiça, ligadas de uma maneira toda especial. Há uma afeto entre elas. Justiça, igualdade, medida e correta. Dentro desta idéia que estamos pintando de justiça, ela seria muito ampla. Seu conceito abrangeria todas as atitudes humanas.
Acredito que alguns pensem que jsutiça se refira apenas a questão de decisões. Decisões de caráter punitivo. "o juiz puniu justamente o acusado". Definitivamente sim. Sim, o conceito de justiça é muito mais amplo do que isso.
Vamos analisar a simbologia. Vejamos o que ela nos diz. Temos a Deusa da Justiça "Themis" se não estou enganado. Ela usa uma venda nos olhos. Por que? Do que ela quer se proteger? Ou do que que ela quer proteger os outros? Ela também tem uma espada. A espada que ela faz a "justiça". Podemos realmente perceber uma forte ligação entre justiça e punição. Entre justiça e guerra. Entre ela e a luta. Do contrário por que teríamos uma espada. Por que ela carregaria uma espada? Vivemos tempos violentos ela é uma mulher bonita e quer se proteger? Ela vai cortar os testículos dos homens que não fazem direito (entendam como quiserem)?
Depois de toda essa lenga, lenga temos, numa relação mais profunda do que imaginávamos a justiça com: a igualdade, medida, correta, punição, guerra, luta, lide.
Ao contrário, quando ela o julga inocente, ela é benevolente. Assim acrescentamos mais duas palvaras ao conceito de justiça: julgamento e benevolência.
Na realidade vejo que permanentemente fazemos julgamentos. Eu estou pensando em ir ao super mercado e já começo a pensar: "está um dia frio. É ótimo para um vinho". Existe aqui um julgamento? Acredito que sim. Sinto o clima. Percebo a temperatura. Olho o termometro e julgo que está frio. Sentenciei: está frio. E para que esse frio acabe, penso em algumas atitudes que possa vir a tomar. Uma delas é o vinho. Considero a melhor, fiz um julgamento. Vejamos o raciocínio. Entre o vinho e a estufa que já desponho. Ela me mantém aquecido. Porém o vinho ainda tem como vantagem, agradar meu paladar, liberar mais dopamina no meu sangue e no de minha namorada (isso realmente é bom!) e mantem meu corpo aquecido. O vinho tem uma vantagem sobre a estufa, sobre os cobertores. Claro que isso dentro do contexto em que estou inserido. Por isso, e isso já é quase uma certeza, a idéia de justiça sempre deve andar junto com a prática.
Mas perceba a possiblidade de confusão. Atrelei à idéia de justiça aquilo que é melhor para mim, no caso o vinho. E nenhum momento me perguntei se para minha companheira isso seria o melhor. E poderíamos ir mais longe. Poderíamos ir até o produtor de vinho. É realmente estou mais convencido de que essa é a escolha mais justa.
Esse é um caso simples. Como poderíamos ter uma "receita" para poder aplicarmos a justiça. Acho que um pouco passa pelas palavras que já escolhemos. Justiça tem uma boa relação com igualdade, medida, correta, lide, benevolência, prática, bom senso (acrescentei agora), julgamento (escolha com base em premissas e fundamentação racional).
Bom, temos alguns elementos que nos ajudam com a pratica justa e a entender o que seria a justiça. Agora uma outra pergunta: Será que sempre devemos ser justos?

Sunday, August 27, 2006

É, Quiçá

O “hexa” não veio. Também, o Brasil não foi. Quiçá por favoritismo demasiado, quiçá por despreparo psicológico. Quiçá por muitos quiçás. Mas daqui a quatro anos sim, vamos com tudo, com força, com raça, com Dunga e o “hexa” será nosso. É, quiçá.

Cadê a garra do time? Dida na área, quadrado mágico. Até tu seleção? Até tu. Quem mais vai trair o pobre brasileiro? Quem mais vai tirar sarro dessa gente? Quem agüenta? O imposto, a multa, os órgãos públicos, o avião do presidente, quem mais? Eu acreditei que “brasileiro não desiste nunca”, pois bem, quebrei a cara. Estou começando a rever isso, estou começando a deixar de lado, começando a desistir. Chegaram onde queriam, tem tanta coisa reprovável e repulsiva acontecendo, ao mesmo tempo, que não temos mais tempo para nos indignar com tudo. Acabamos aceitando algumas coisas por falta de tempo. É o fim, o juízo final, apocalíptico.

Agora estamos apostando tudo na renovação da seleção, na renovação do quadrado mágico, da direção ao camareiro – sim, alguma culpa ele teve. Vamos mudar até as cores do Brasil. Sugiro o preto, uma cor forte, uma cor boa, ausência de cores, lembra luto. E que o patrocínio não seja mais valorizado que a patriotismo na próxima Copa. Que mercenários, da bola e dos plenários, fiquem longe dos palcos principais.

Quem melhor marcou na Copa foi a imprensa. Agora quero ver nas eleições a mesma marcação cerrada e sensacionalista da Copa. De uma hora para outra todos os nossos conhecidos jornalistas se tornaram comentaristas esportivos, afiadíssimos, aguçados. Espera-se que até outubro, ou quiçá, até novembro, todos se transformem em cientistas políticos. Quero que filmem até as bolhas que os candidatos tiverem nos pés e que tenha site com pesquisa de opinião sobre isso, que expliquem o que fazem com as verbas eleitorais, que mostrem quantas embaixadinhas cada um faz com uma nota de cem reais e quantos passes errados dão com aquela tal de CPMF – provisória né? – enfim, contem tudo. Encham o povo com três sessões diárias de noventa minutos de informações políticas, só não me façam engolir o dia-a-dia do candidato.

E a legislação eleitoral precisa ser alterada. Estava pensando sobre isso. Na verdade, não faltam leis no Brasil, nem precisam de alteração, falta quem as cumpra, quem as leve a sério, quem as faça cumprir. Cheguei à conclusão que de nada adianta um corrupto fiscalizar outro, é o mesmo que pedir para o atacante marcar, não dá, não ganham pra isso. Ganham se ficar lá na frente, um esperando a bola chegar, o outro esperando a bolada entrar.

Vejamos, apenas três dias de trabalho por mês na Câmara, sim, míseros três dias para os deputados, sem redução salarial, sem respeito, sem vergonha, cumprindo o regimento – é de ranger os dentes. Durante a campanha isso vale. Estamos apostando tudo na renovação do Triangulo Mágico (Planalto, Senado e Câmara). Lá a mágica é fazer dinheiro desaparecer, malas e cuecas encherem, cassações serem negadas, processos arquivados, dançar em pleno plenário com sessão e fazer a maior de todas as ilusões, a de não ser visto por ninguém – eu não vi, eu não sabia, nem eu. Quem? Eu? Eu não. Apostamos na renovação desta seleção, que ainda somos obrigados a selecionar de quatro em quatro anos.

Quantos sorrisos “Excelências”, agora estão aqui, de volta, palpáveis, de perto, olho no olho. Antes eram só manchetes. Saíram dos jornais e das revistas de escândalos. Saíram para nos abraçarem, para limparem suas mãos sujas em nossas roupas esfarrapadas. Quantos sorrisos “Excelências”, quanta vontade de fazer algo melhor pelo país, quantas mangas arregaçadas, quanta ironia, quanto cinismo, quanta hipocrisia e sarcasmo. Agora tudo tem solução e certamente vocês são as melhores. Porém, a partir de janeiro a coisa muda, vira do avesso, de ponta cabeça e o espetacular esconde-esconde recomeça. Esconde o jogo, esconde a verba, esconde o rosto e enche o bolso.

Eu tenho na cabeça uma greve. Uma greve de verdade. Assim como os funcionários públicos fazem para reivindicar condições e salários, assim como as esposas para ter a devida atenção dos maridos, bem como os presos fazem suas greves de fome – ops, estava esquecendo do Gurizinho, digo Menininho, enfim, está entendido – para obterem concessões. Somos obrigados a votar em gado, em políticos venais, mercenários. Não podemos escolher, somos obrigados a optar. Portanto, proponho uma greve de voto. Bem simples, ninguém vota, ninguém se elege, todo mundo justifica. Esse é o pacto. Enquanto essa falácia não parar, enquanto essa fraude fabulosa não acabar, enquanto não fizerem com que esta cena burlesca da política nacional seja levada a sério e que cesse a mentira que nos contam toda vez, acho que não devemos votar.

É, quiçá isso não resolva. É, quiçá isso não melhore nada, mas com certeza não piora. Não piora o que não pode ser piorado. Não piora a índole de pessoas com idéias pobres e ideais podres. É um protesto pacífico, real, possível e honesto. Uma troca justa, sem fazer ninguém de refém, ao menos por enquanto.

Bom, meu amigo brasileiro, o “hexa” não veio, quiçá por vários motivos. No fundo, no fundo isso estava combinado. Sem festa, sem comemoração, sem políticos oportunistas dizendo: “o hexa foi fruto da minha administração”. Pelos próximos quatro anos temos um único compromisso: LEVAR A SÉRIO ESSE PAÍS. E fingindo que tudo ainda funciona: uma boa sorte em outubro. Pois, infelizmente, coisa séria aqui já é sinônimo de superstição. E o Brasil vai melhorar. É, quiçá.


Dani Rossoni
Porto Alegre/RS
Agosto de 2006

Saturday, August 26, 2006

O Movimento Zapatista e a Outra Campanha

Entrevista com John Holloway

Nascido em Dublin, na Irlanda, John Holloway doutorou-se em Ciências Políticas pela Universidade de Edimburgo, Escócia, onde lecionou de 1972 a 1998, tendo-se diplomado ainda em Altos Estudos pelo Collège d’Europe. Transferido em 1993 para a Universidade de Puebla, no México, Holloway entrou em contato com a experiência zapatista e vislumbrou nela a possibilidade de ver rompida a gaiola global do poder imperial do capital. Atualmente, é professor no Instituto de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Autônoma de Puebla, no México. IHU On-Line realizou duas entrevistas com John Holloway, publicadas na 89ª edição de 12 de janeiro de 2004 e na edição 129ª de janeiro de 2005. Na mesma edição, consta uma resenha do livro do autor Mudar o mundo sem tomar o poder. São Paulo: Viramundo, 2003. Na edição 104ª , de 7 de junho de 2004, publicamos um resumo da referida obra. Holloway, que foi entrevistado por e-mail, é também autor de, entre outros livros, Marxismo, Estado y Capital. Buenos Aires: Tierra del Fuego, 1994; Zapatista! Reinventing Revolution in Mexico (com Eloína Peláez). London: Pluto Press, 1998; Keynesianismo, una peligrosa ilusión. Buenos Aires: Herramienta, 2003.

IHU On-Line - Como o senhor avalia as mudanças pelas quais passou o Movimento Zapatista?
John Holloway - A Sexta Declaração e a Outra Campanha são passos fundamentais no desenvolvimento do Zapatismo. Os zapatistas saíram de sua área de Chiapas e as andanças atuais do subcomandante Marcos (Delegado Zero) por todo o país é o primeiro passo para a dinamização de outro tipo de política em todo o país. Pela primeira vez, estão dizendo explicitamente que seu movimento é anticapitalista e não somente contra o neoliberalismo, e que sua luta é de todos que estão contra o capitalismo e não somente uma luta indígena. Creio que o que estão fazendo atualmente é único no mundo e de uma importância fundamental não somente para o México, mas para o mundo inteiro. Obviamente é um caminho difícil e complexo.

IHU On-Line – As mudanças de estratégias do Exército Zapatista poderiam ter levado o Movimento para uma institucionalização e desvio do carisma original?
John Holloway - De maneira nenhuma. A outra campanha é, na realidade, um movimento de desinstitucionalização, uma abertura bastante arriscada. Não acredito que haja uma perda de carisma, mas sim, possivelmente, um processo de desmistificação deles próprios que me parece muito saudável. O fato de Marcos participar em reuniões públicas todos os dias o faz menos misterioso talvez e sobretudo nos enfrenta diretamente com nossa própria responsabilidade no processo de rebeldia. Já não é possível pensar nos zapatistas como “eles”, um grupo de indígenas aí na cidade de Chiapas, já não há pretexto: os zapatistas somos um “nós” que queremos mudar o mundo.

IHU On-Line - Sua tese de “mudar o mundo sem tomar o poder” se confirma com as mudanças políticas no Continente ou ela está sendo revisitada?
John Holloway - Acredito que é obvio que o futuro da humanidade depende da abolição do capitalismo e a criação de um mundo baseado em relações sociais radicalmente diferentes. Isso não pode ser feito pelo Estado simplesmente porque o Estado é uma forma de organização totalmente integrada ao capitalismo, uma forma de organização que exclui. A única forma de conceber uma revolução anticapitalista é com a construção de fazeres e formas de organização anticapitalistas e anti-estatais. Com isso não quero dar importância às mudanças políticas atuais no Continente. Os triunfos eleitorais dos partidos de esquerda são resultado do recrudescimento das lutas sociais em toda a América Latina. Os governos podem introduzir reformas que tenham certo impacto nos níveis de vida das pessoas (e isso sim é importante), mas não creio que possam parar as dinâmicas do capitalismo que está destruindo o mundo. A relação destes governos com as lutas sociais é bastante complexa. No geral, a eleição de um governo de esquerda tende a enfraquecer e desmobilizar as lutas sociais, mas não sempre é assim. Mas, finalmente o importante não é como conseguimos mudanças no capitalismo, e sim como criamos outro mundo, e isso não vai ser pelo Estado.

IHU On-Line - Ainda haverá eleições em diversos países da América Latina. O que podemos esperar na melhor das hipóteses?
John Holloway - A melhor das hipóteses seria que continue o recrudescimento das lutas anticapitalistas, que ganhem os partidos de esquerda, que os governos de esquerda não consigam controlar as lutas, que os movimentos lhes imponham aos governos a obediência à vontade das populações e que se dissolvam as formas de organização que conhecemos como Estados. Mas, na verdade, acredito que não há muita relação entre eleições e “a melhor das hipóteses”.

IHU On-Line - Onde encontramos, em nosso continente, sinais de mudança sejam elas sociais, econômicas ou políticas?
John Holloway – Encontramos mudanças por todos os lados. No fato de você estar realizando esta entrevista, no fato de alguém a estar lendo neste momento. É claro que há movimentos muito importantes por todos os lados, mas o mais importante é o “Já Basta!” individual e coletivo de que todos compartilhamos.

IHU On-Line - O maior problema de nossos governos está nos rumos da política econômica?
John Holloway - O problema maior dos governos em todo o mundo é que sua constituição como governo os opõe às pessoas e à mudança radical da sociedade. O problema maior dos políticos é que são políticos.

IHU On-Line - O senhor é um pouco irlandês, um pouco escocês, mas mora há muitos anos no México, sente-se latino-americano? O que isso significa?
John Holloway - Nasci na Irlanda, morei muitos anos na Escócia, estou há mais de quinze anos morando no México. Sinto que tenho muita sorte de estar vivendo numa parte do mundo (América Latina) que, neste momento, é enormemente criativa e rica em inspiração para as lutas do mundo inteiro.

IHU On-Line - Quais são os caminhos que a América Latina deveria tentar mais?
John Holloway – Mas está fazendo tudo. Há uma riqueza enorme de caminhos e lutas que nós temos que aprender a escutar e ver.

IHU On-Line - Quem vai ganhar as eleições no México?
John Holloway - Creio que há uma possibilidade real que ganhe López Obrador nas eleições mexicanas de julho. Espero que sim, porque o triunfo de qualquer um dos outros candidatos seria terrível. Há governos maus e governos piores, e em geral os maus são preferíveis aos piores. A mesma coisa pode-se afirmar dos governos no Brasil e Uruguai. Mas o importante não é a questão das eleições, e sim como podemos romper com esta dinâmica terrível do capitalismo que está destruindo a humanidade em todos os sentidos da palavra. O importante é construir outro tipo de política, e isso é o que os zapatistas estão tentando fazer e promover com a outra campanha.


O movimento zapatista vive uma nova fase. E lança mão de uma nova estratégia. Em junho de 2005, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) divulgou a Sexta Declaração da Selva Lacandona, abandonando a busca do poder pela via eleitoral e apostando na consolidação da sociedade civil para pressionar o Estado, seja qual for o partido no governo. (Nota da IHU On-Line).
No dia 2 de janeiro de 2006, um comboio zapatista saiu em turnê na busca de difundir a Outra Campanha, uma iniciativa extraparlamentar "desde baixo e à esquerda" que pretende se contrapor às campanhas eleitorais para a presidência do México. A anticampanha quer construir uma ampla coalizão que congregue grupos rurais e urbanos em torno de uma plataforma "anticapitalista e de esquerda". (Nota da IHU On-Line)
O Movimento Zapatista inspirou-se na luta de Emiliano Zapata contra o regime autocrático de Porfirio Díaz que dencadeou a Revolução Mexicana em 1910. Os zapatistas tiveram mais visibilidade para o grande público a partir de 1 de janeiro de 1994 quando se mostraram para além das montanhas de Chiapas com capuzes pretos e armas nas mão,s dizendo Ya Basta! (Já Basta!) contra o NAFTA (acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá) que foi criado na mesma data. O movimento defende uma gestão democrática do território, a participação direta da população, a partilha da terra e da colheita. (Nota da IHU On-Line)
Nova alcunha do subcomandante Marcos, líder do movimento Zapatista. (Nota da IHU On-Line)

Andrés Manuel López Obrador (1953): é formado em Ciências Políticas e Adminsitração Popular. Obrador é o político de centro-esquerda que encabeça as pesquisas das eleições presidenciais em 2006, com uma plataforma que pretende resgatar a dignidade do México. (Nota da IHU On-Line)

Porte de drogas é 1º crime no País com pena alternativa

Agência Estado
O porte de drogas para consumo próprio é o primeiro crime previsto na legislação brasileira punido exclusivamente com pena alternativa, como prestação de serviço à comunidade. A constatação foi feita por especialistas em Direito Penal ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a lei sancionada anteontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito de tráfico e uso de entorpecentes. Publicada ontem no Diário Oficial da União, a lei entra em vigor daqui a 45 dias.
Até 1984, os crimes eram punidos só com prisão e as contravenções penais (infrações menos graves), com prisão e multa, ou apenas multa em alguns casos. A partir de 1984, quando foram criadas as penas alternativas - chamadas de restritivas de direitos -, elas eram aplicadas em substituição à prisão, quando o crime não era grave.
O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), considerou a mudança um avanço. "Um crime punido apenas com pena restritiva de direitos é um passo importante para começar a mudar a cultura de aprisionamento."
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), também satisfeito com as novas regras, vai além. "A lei consagra um modelo de transição que abandona a punição criminal do usuário e se desenvolve no sentido de, talvez, no futuro, dispensar a ele outras medidas que não a punição de natureza penal." Favorável à descriminalização do consumo de drogas, ele disse que o "usuário deve merecer proteção e amparo do Estado para a sua reabilitação e reinserção social".
Importante do ponto de vista simbólico, a alteração crava na lei o que já acontecia na prática: os usuários já não iam para a cadeia há muito tempo. Como porte de droga já era crime de menor potencial ofensivo, se o acusado se comprometesse a prestar serviços à comunidade, nem era processado. Na capital, essas negociações judiciais para trocar prisão por pena alternativa já são de costume e até acontecem em grupo.
Outro ponto alto da lei, na visão dos especialistas, é a graduação dos crimes, ou seja, criação de condutas penais "intermediárias", que não são punidas de forma tão grave quanto o tráfico, nem tão brandas quanto o uso. "Essa lei resolveu um problema da jurisprudência quanto à roda de fumo", explicou o juiz aposentado Walter Maierovitch, sobre a divisão de um cigarro de maconha por várias pessoas. O participante de uma roda dessas era enquadrado no tráfico - crime hediondo, com pena de 3 a 15 anos em regime fechado - ou como usuário - que podia prestar serviços à comunidade e nem ser processado por isso. Agora, será punido com pena de detenção de 6 meses a 1 ano e pagamento de multa - o que pode virar pena alternativa.
Outra figura nova se ajusta ao caso do sujeito que não faz tráfico, mas incentiva um amigo a usar droga. Antes punido como traficante, agora será apenado com detenção de 1 a três anos e multa.
Segundo o professor de Direito Penal Arnaldo Hossepian Jr., integrante do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen), outro mérito da lei é a possibilidade de diminuir a pena do pequeno traficante. "A lei diz que, se o réu for primário, tiver bons antecedentes e não pertencer a organização criminosa, pode ter a pena reduzida de um sexto a dois terços."
O aumento da pena dos traficantes também foi motivo de elogio para Mello - "reflete um consenso da comunidade internacional, que reclama tratamento mais severo do Estado com esse tipo de crime" - e para Maierovitch - "estamos na direção certa, de acordo com o Direito Penal moderno".
A crítica ficou por conta do vice-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Sérgio Mazina. "Esse aumento de pena é lastimável. Ficar mandando gente para a prisão não resolve."

Sunday, August 20, 2006

Carta ao Oriente Médio


Pessoas do Oriente Médio, terra de profundas riquezas culturais e históricas. Um dos berços da humanidade recente. Seus 4 mil anos de história já ensinaram a todos muito. É uma região rica em sabedoria.
Fico realmente confuso ao verem vocês brigarem e se matarem por tão pouco. Claro, isso dentro do meu ponto de vista e pelo que conheço de suas filosofias.
Sei que o povo árabe, assim como o judeu em sua essência são compostos por pessoas dignas.
O povo judeu, povo de muitas moradas, sabe mais do que qualquer outro talvez, que o mundo é grande o bastante para todos. Em minha terra, existem muitos de sua religião e são respeitados e acolhidos. Quantos gênios já saíram destes. Só para citar dois: Albert Einsten e Karl Marx. Ambos alemães e judeus.
Dos árabes o mesmo. Quantos grandes mestres e líderes já “produziram”. Enquanto a Europa ainda era um povo bárbaro vocês já eram civilizados, ou seja, já respeitavam princípios mais nobres.
Lutar até a morte por um pedaço de terra? Por que? Pra que? Entendo que aquela terra tem um valor simbólico muito importante para todos. Mas e as vidas das pessoas, das plantas e animais que lá vivem? São tão sagrados quanto.
É preciso aprendermos a respeitar as diferenças religiosas. É preciso extinguirmos as fronteiras em todo o oriente médio e termos lá um grande país. Onde todas as religiões sejam contempladas. Um novo lugar onde a religião e o Estado estejam separados.
Soldados, povo desta região, vejam quem é de fato os seus inimigos. Leiam seus textos com atenção.
POR QUE esses “senhores” que mandam vocês para a guerra não vão eles mesmos travá-las? Por que os aiatolas e líderes religiosos, Sharon e sua corja, Bush e seus carniceiros não vão para o fronte?
Apontem seus rifles e mísseis para esses falsos líderes. Eles fazem as guerras. Eles lucram com elas. E nós os povos é que pagamos com nossas vidas. Enquanto esses cretinos inventam seus joguinhos mesquinhos e interesseiros.
Não precisamos desse tipo de líder que faz guerra e prega a intolerância. O capital e o lucro, as posses é tudo pra eles.
Para nós, o que queremos é uma casa, uma família, comida. Enfim viver em paz. Compreender a razão da vida. Sentir o universo, o nosso Deus. A nossa Deusa. A Grandiosa e Amada mãe natureza. Pacha Mama. Que está furiosa conosco e que como já era previsto a mais de trinta anos pelos ambientalistas, começa a responder aos nossos ataques.
Vivam em paz, sem fronteiras. As fronteiras só interessam aos poderosos, não as pessoas de bem e dignas. O mundo é nosso. Quem pode dizer por onde eu posso andar no meu mundo. Está é a nossa terra. O nosso planeta terra. Somos nômades por excelência. O nomadismo é a raiz do crescimento da humanidade. Sejamos livres. Respeitemos as diferenças. Há espaço para todos. Menos para a intolerância e ganância desses líderes otários. Esses capitalistas escravocratas. Por isso, busquemos o conhecimento. Busquemos conhecer as nossas mentes. Conhecer a nós mesmos e veremos que seguir esses seres ignorantes é um absurdo.
Por isso apelo. Soldados. Povos do Oriente Médio, do mundo. Ouçam as suas consciências. Interpretem vocês sozinhos os textos sagrados. Nenhum deles defende a guerra e a ganância. Liberdade, Liberdade, Liberdade. Tenhamos autonomia e coragem para vivermos sozinhos. Não precisamos de pastores. Não somos ovelhas. Somos seres humanos. Somos mais uma grande expressão do universo. O universo já nos ensina. Todos os astros e planetas, uns dependem dos outros, mas são autônomos. Tenhamos discernimento para ver e repudiar aqueles que semeiam a guerra em nome de interesses próprios. Lutemos sim. Mas pelo fim da fome. Pelo fim das pessoas sem teto. Das pessoas sem acesso a cultura e educação. Tornemos os homens livres e todos seremos mais fortes e vencedores.
Vamos conseguir superar essa fase. Seja pela ignorância e pela dor, como tem sido até agora. Tomara que seja pela sabedoria.
Governantes e líderes religiosos. Esperem, pois a hora de vocês vai chegar. O povo digno e bom vai acordar. E vocês vão sentir a sua fúria e a sua misericórdia.

Viva a vitória das povo contra os tiranos. Nós nos importamos com vocês!

Tuesday, August 15, 2006

Breve análise da conjuntura política na Unisinos



Qual o quadro político da unisinos?

Qual a conjuntura do ME? Os DA’s? A oposição? Os partidos políticos?

E os padres? O que estão esperando? O que estão tramando? O que estão fazendo? Qual a disposição interna das peças?

Como está a relação da universidade com as empresas e com os governos?

Hoje temos um quadro ainda não muito nítido. Pela ausência de pesquisas eleitorais ou de opinião o que temos são apenas impressões. Neste caso basicamente as minhas. Não descarto o acúmulo produzido por demais conversas com outros militantes. Algumas perguntas ainda procuram respostas!

Nós

Percebo um quadro de instabilidade. Tivemos grande força ao superar momentos de grande racha interno e agora estamos nos fortalecendo. Algumas pessoas, de alguns DA’s estão puxando o processo de construção coletiva.
De um modo geral eles – os DA’s - estão cuidando cada um de suas coisas, como normalmente. De suas coisas bem locais. Ou ainda de suas vidas, no que tange aos indivíduos. O coletivo maior é relegado a 2º plano.
Esta é a “estatística” de pessoas/DA’s que estão trabalhando em um processo mais amplo:
Serviço Social: 2
Eng. De alimentos: 1
Matemática: 1
Publicidade e Propaganda: 1
Geologia: 1
História: 1
Pós-graduação: 1
Acredito que tenha sido generoso nos números. Este coletivo acrescido de estudantes independentes e mais alguns membros da gestão atual são a força de que dispomos.
Temos bom acumulo político. Temos uma boa maturidade, apesar dos diversos equívocos cometidos ao longo desta gestão que está se encerrando.
Acredito que a maior vitória que temos é no acúmulo político que o coletivo teve. Temos um norte político enquanto coletivo. Conseguimos fazer a distinção entre os interesses dos estudantes em sentindo amplo e, os interesses de um segmento de estudantes que buscam mudar o mundo e que travam uma cooperação com determinados movimentos sociais, que são eleitos a partir de uma escolha criteriosa.

O FUTURO

Em caso de vitórias eleitorais no DCE e no CAED teremos uma conjuntura esperada a um bom tempo e que daí sim, teremos na Unisinos uma prova de que a faze de refluxo da esquerda está acabando que uma nova onda está se formando.
Apesar do caos considero o grupo bem estruturado, amparado em sólidas referências e isso possibilita o pensar, para construir mais elementos e continuar elevando os debates e as práticas.

A oposição

Não temos uma oposição formalizada e declarada. O nosso coletivo é que é oposição ao CAED. Eles tratam de se defender e mesmo o DCE sendo uma vitrine muito maior, o CAED não conseguiu sair da retaguarda.
O que podemos ter é uma oposição de eleição. Rumores de que a juventude do PDT de Poá estaria disposta a concorrer ao DCE numa aliança com a UJS. È uma possibilidade. Estamos começando a meter o bedelho nos negócios deles lá na PUC e por causa disso, como bons políticos vão tentar nos barrar agora.
Se perderem terão muitos problemas. Para nós, a derrota, seria um retrocesso inestimável e que não sei se verei recuperar enquanto estou na faculdade. Está é uma possibilidade. Por outro lado, esta derrota eleitoral, poderia nos libertar para fazer um movimento autônomo e que permita maior maleabilidade e rapidez.

A política da Unisinos

Desconheço a conjuntura interna na Unisinos. O GAE está solidificado. Pelo menos até segunda ordem. Precisamos aguardar os efeitos do último jornal. Acho que ali temos um bom termômetro de como andam as coisas na Unisinos. Temos uma capacidade sólida de fazer com que eles tomem posturas e se mexam por causa de nossos movimentos. È um grande jogo. Os movimentos são lentos. Não temos conseguido fazer com que eles se movam na direção em que estamos apontando. O marketing é outro setor de expressão da universidade. São neles, NOS ESPAÇOS DE EXPRESSÃO ONDE A UNIVERSIDADE DEMONSTRA A SUA CONJUTURA INTERNA E OS SEUS RUMOS.
Acredito que o processo de hegemonização de poder dentro da universidade continua. Ela continua cega e surda as nossas palavras. Seria importante investigar determinadas pessoas do núcleo de poder da universidade.
As demissões continuam. As terceirizações continuam. A austeridade continua.
O que parece é que apenas o mercado tem a capacidade de mudar os rumos da universidade.
Ou mexemos o mercado, ou os iludimos de que determinadas mudanças estão ocorrendo.

Wednesday, August 09, 2006

Mulheres Guerreiras


Hoje estava viajando de metrô e vi, vivi mais uma daquelas cenas, mais um daqueles momentos do cotidiano brasileiro. Eis a cena:
Entra uma mulher em uma determinada estação. Ela carregava uma criança no colo. Assim que começa a andar o trêm, ela começa a discursar e diz:
"Boa tarde pessoal, meu nome é Carol, vim aqui para pedir uma colaboração de vocês. Minha filha tem uma rejeição a lactose e precisa tomar um leite em pó especial. A lata do leite custa R$70. O governo cortou o auxílio. Eu não pude ficar de braços cruzados e vim aqui vender essas "coisinhas" e peço a ajuda de vocês. É um real, é um real!"
A dramaticidade da cena era comovente e revoltante. Revoltante não apenas pelo abandono do governo, mas também pela indiferença da grande maioria das pessoas no vagão. Será que não ficaram tocadas com a cena? Será que duvidaram das suas palavras? Vai ver aquele barulho do cavalo de ferro, aquela poluição (visual, do ar, etc) embruteceu o coração das pessoas?
Viva a humanidade ... a esperança reside nos que ajudaram, nos que ergueram as mãos!!!

É ano de eleição ... vamos vir com dicas ... a seguir:

Thursday, August 03, 2006

O que queremos:


Ser um espaço para textos reflexivos e de compreensão do momento que vivemos. Descobrir quais os caminhos para as mudanças, buscar os mais inusitados. Os mais loucos quem sabe. A loucura abre portas que os "normais" não enxergam.

Ser um espaço para a divisão de conhecimentos práticos e de técnicas rebeldes e revolucionárias. Anticapitalista. Antipoder. Antidogmas. Livre e amável. Severo e furioso.

Queremos também neste espaço divulgar atividades dos diferentes Movimentos Sociais e Movimentos Rebeldes/Revolucionários.

Ser mais um elo em nesta grande rede que busca integrar a todos que buscam mudar o mundo, onde os povos sejam livres e autonomos.

Aqui você encontrará isso: Textos (poesias também) e fontes para beber, atividades (artisticas, atos, movimentações, coisas nossas), sítios para se informar, notícias, etc.

Enfm ...tudo o que o autor puder e conseguir dividir de informações sobre a grande luta do século.

Mudar a nós mesmos
Mudar o mundo
Duas metades inseparáveis!!!

Quem somos:



Somos todos um. Um por todos e todos por um. Princípio de unidade e força!!

Lutamos para mudar o mundo. Dispensamos o poder. Somos bons, somos como os nossos são. Pessoas simples e dignas. Porém a ingenuidade passa longe daqui.

Somos vagabundos que querem curtir a vida mas, que querem que todos possam curtir. Amamos a boêmia, a noite e o amanhecer. Coisas simples e boas, tranquilidade, paz e sossêgo. Mas vamos continuar nos mexendo enquanto for necessário.

Somos o pequeno machado que vai derrubar essa grande árvore. Esse grande e perverso sistema ... que dá a poucos muito e a muitos pouco. Liberdade, liberdade, liberdade!! Força, Força, Força!! Vagabundagem ... viva a liberdade !!!

Somos guerreiros e lutamos por isso: vida digna!! Sem escravidão, sem opressão !!!

MAS A NOSSA VITÓRIA NÃO SERÁ POR ACIDENTE!!!

ps.: quanto maiores forem as suas necessidades, menor a sua liberdade !